Em 19 de maio de 2025, o Ministério da Fazenda do Brasil atualizou suas projeções econômicas para o ano corrente. A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi elevada de 2,3% para 2,4%, impulsionada por um desempenho mais robusto no primeiro trimestre e por expectativas de uma colheita recorde no setor agropecuário . Paralelamente, a projeção para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi ajustada de 4,9% para 5,0%, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5% .
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, destacou que a política monetária atual, considerada "bastante restritiva", tem impactado a atividade econômica, especialmente em setores cíclicos. Ele prevê uma desaceleração no segundo semestre de 2025, embora ressalte que isso não indica uma crise, mas sim uma moderação no ritmo de crescimento .
No cenário fiscal, o déficit primário projetado para 2025 foi revisado para R$ 72,7 bilhões, e a dívida bruta deve atingir 80,3% do PIB . Esses números refletem os desafios enfrentados pelo governo em equilibrar estímulos ao crescimento com a necessidade de controle fiscal.
Enquanto isso, o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostra que o mercado financeiro ajustou suas expectativas, prevendo um crescimento do PIB de 2,02% e uma inflação de 5,5% para 2025 . Essas projeções indicam uma visão mais cautelosa em relação ao desempenho econômico do país.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou confiança na capacidade do Brasil de alcançar uma taxa média de crescimento de 3% até o final de 2026, mesmo diante de uma política monetária restritiva . Ele enfatizou a importância de políticas fiscais responsáveis e de investimentos estratégicos para sustentar o crescimento econômico.
Em resumo, as atualizações nas projeções econômicas refletem um otimismo cauteloso por parte do governo, que reconhece os desafios presentes, mas mantém a confiança na resiliência da economia brasileira.