Em 2024, o Brasil alcançou uma redução histórica nas taxas de desmatamento, resultado de esforços coordenados entre o governo federal, estados e sociedade civil. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre agosto de 2023 e julho de 2024, o desmatamento na Amazônia Legal caiu 30,6%, totalizando 6.288 km², o menor índice desde 2015.

No Cerrado, bioma que vinha registrando aumentos consecutivos no desmatamento, houve uma queda de 25,7% no mesmo período, com a taxa oficial de desmatamento atingindo 8.174 km², a menor desde 2019.

Essas reduções são atribuídas a uma série de medidas implementadas pelo governo federal, incluindo a reativação de políticas ambientais, intensificação da fiscalização e uso de tecnologias de monitoramento por satélite. Além disso, a exigência de histórico ambiental por instituições financeiras antes da concessão de crédito tem incentivado práticas sustentáveis no setor agropecuário.

Apesar dos avanços, desafios persistem. Em 2024, os incêndios florestais devastaram mais de 300 mil km², uma área equivalente à da Itália, representando um aumento de 80% em relação ao ano anterior. A principal causa foi a histórica seca agravada pelo fenômeno El Niño.

O governo brasileiro estabeleceu a meta de alcançar desmatamento zero até 2030. A realização da COP30 em Belém do Pará, prevista para novembro de 2025, será uma oportunidade para o país apresentar seus avanços e compromissos na agenda ambiental global.

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