O avanço feminino na ciência voltou a se destacar em um dos maiores eventos estudantis do país. Na edição de 2025 da Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG), as alunas brasileiras conquistaram 11.725 medalhas, fortalecendo a presença das meninas em áreas como astronomia, astronáutica e engenharia. O resultado evidencia talento, dedicação e uma participação crescente no universo científico.
Segundo a organização, a performance das estudantes se refletiu em números expressivos: 4.646 medalhas de ouro, 4.682 de prata e 2.397 de bronze. O total geral de condecorações distribuídas pela OBAFOG neste ano chegou a 26.188 medalhas, contemplando alunos de escolas públicas, privadas e rurais de todas as regiões do Brasil.
Como funciona a OBAFOG
A competição é estruturada em seis níveis, com desafios progressivos que vão desde foguetes movidos por ar comprimido no ensino fundamental até projetos com propulsão sólida, voltados para alunos do ensino médio e superior.
Uma das novidades recentes é o nível 6, a “categoria Manual do Mundo”, dedicada a foguetes multiestágios feitos de garrafa PET — modalidade que rapidamente ganhou a adesão de estudantes dos níveis 3 e 4.
Jornadas de Foguetes: experiência que transforma
Os melhores colocados entre os níveis 3 e 6 têm a oportunidade de participar das Jornadas de Foguetes, em Barra do Piraí (RJ). O encontro reúne jovens talentos em um ambiente de imersão científica, com palestras, atividades práticas de astronáutica, observação do céu noturno e lançamentos na pista de pouso do município. A vivência funciona como um incentivo adicional para que os estudantes avancem no campo científico.
Participação feminina cresce e inspira
Para o coordenador da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e da OBAFOG, Prof. João Canalle, os resultados refletem um movimento importante. Ele destaca que o engajamento das meninas demonstra não apenas esforço individual, mas uma mudança cultural que amplia horizontes.
“Essa geração de meninas mostra que ciência, criatividade e determinação são ingredientes universais para o sucesso em qualquer área”, afirma.
Uma rede de apoio à educação científica
A OBA e a OBAFOG contam com a realização da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB) e o apoio de instituições como CNPq, MCTI, parlamentares parceiros, Força Aérea Brasileira, Agência Espacial Brasileira, universidades e empresas. Os canais Manual do Mundo, Física Total e AstroBioFísica atuam como embaixadores, contribuindo para popularizar o conhecimento científico entre os jovens.
A conquista das 11.725 medalhas por meninas na edição de 2025 reforça um movimento que transforma salas de aula, laboratórios e competições científicas: o protagonismo feminino em ascensão. Uma geração que lança foguetes, derruba barreiras e inspira o futuro da ciência brasileira.
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